1965

ROBERTO CARLOS CANTA PARA  A JUVENTUDE 

História de um homem mau Eu sou fã do monoquini
Noite de terror Aquele beijo que te dei
Como é bom saber Brucutu
Os sete cabeludos Não quero ver você triste
Parei...Olhei A garota do baile
Os velhinhos Rosita

 

 

História de um homem mau
L. Armstrong - Zilner T. Randolph - Roberto Rei

Eu vou contar p'ra todos
A história de um rapaz
Que tinha a muito tempo a fama de ser mau
Seu nome era temido e sabia atirar bem
Seu gênio violento jamais gostou de alguém
E ninguém jamais viveu p'ra dizer
Que o contrariou sem depois morrer
Nos duelos nem piscava,
No gatilho ele era o tal
Todos que o desafiavam tinham seu final
Mas eis que numa tarde alguém apareceu
Com ele quis lutar e o mundo até tremeu
Marcaram numa esquina antes do pôr-do-sol
E todos já sabiam que um ía morrer
Nesse dia, porém, o homem mau tremeu
Logo entrou num bar e no bar bebeu
Ninguém tinha visto ainda ele em tal situação
Mas somente ele sabia qual era a razão
Chegando então a hora do outro encontrar
Chegando na esquina parou para olhar
O outro estava firme com a arma na mão
Fazia grande alarde fazendo sensação
O homem mau então quis logo matar
E no valentão quis logo atirar
E depois de um tiroteio todo o mundo estremeceu
Quando um grito se ouviu
O homem mau morreu.

Noite de terror
(Getúlio Cortes)

Fazia noite fria, eu logo fui dormir
Soprava um vento forte e eu não pude mais sair
Pensei com meus botões: um bom livro eu vou ler
E um trago de uísque que é para me aquecer
Mas uma coisa, vejam, me aconteceu
Uma mão gelada em meu ombro bateu
Gritar eu quis porém a voz não me saiu
E o livro que eu lía até de minhas mãos sumiu
Fiquei ali parado sem sair do lugar
Quando de repente eu ouvi alguém falar
Bem perto de mim esse alguém me falou bem assim:
Eu sou o Frankstein!.
Tomou conta de mim tamanha tremedeira
Mais nada quis ouvir pois corri pela ladeira
Mas de repente então mudou-se o panorama
Quando dei por mim eu estava em minha cama
Alguém bate à porta vou logo ver quem é
Deve ser meu broto pois fantasma não dá pé.
Mas quando a porta abriu fiquei logo a tremer
Senti por todo o corpo um frio percorrer
Fiquei no chão colado com o cabelo arrepiado
Maior foi meu pavor pois não era o meu amor
E esse alguém que eu vi me
Falou novamente assim: Voltei!!

Como é bom saber
(Helena dos Santos)

Ao contrário do que eu esperava
Foi um dia me acontecer
No caminho onde eu andava
Encontrei você.
Meu olhar cruzou o teu olhar
Trocamos juras de amor
E o inferno da minha vida
Agora é um jardim em flor
Ou, ou, ou, ou
Como é bom saber
Que a minha vida e o
Meu destino estão com você.

Os sete cabeludos
(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

Tudo começou quando Lilí foi à esquina
E a turma da outra rua se empolgou com a menina
Lilí meio sem jeito sorriu alegremente
Mas viu que os olhares eram bem diferentes
Um cara esquisito seu braço segurou
E um beijo da Lilí o atrevido roubou
Vinha no meu carro em toda disparada
Com sete cabeludos p'ra topar qualquer parada
Foi quando de repente a cena eu avistei
E o freio do carango bruscamente eu pisei
Sem mesmo abrir as portas e sem botar as mãos
Pulamos todos sete para entrar em ação
Brigamos muito tempo, rasgamos nossas roupas
Fugimos da polícia que já vinha feito louca
Porém maldita hora que eu fui olhar p'ra traz
A cena que eu vi não esqueço nunca mais
Lilí toda contente na esquina conversava
Com o cara esquisito que a pouco lhe beijava
Estava indiferente à aquela confusão
Lilí era bonita mas não tinha coração
Então juramos todos sete, palavra de rapaz
Que por garota alguma não brigamos nunca mais

Parei...Olhei
(Rossini Pinto)

Parou... Olhou...
Depois sorrindo se afastou
O meu coração se enamorou
Eu acho que me apaixonei.
Parei... Olhei...
E ví ternura em seu olhar
E num piscar de olhos fugiu de mim
E nem o seu nome eu sei.
E agora eu vivo a procurar aquele olhar
Botei até anúncio no jornal
Fiz juras, fiz promessas para encontrar
Passei milhões de vezes no local.
Porém... Se Deus...
Me der a graça de encontrar
Aquela bonequinha não vai mais fugir
Pois com ela eu vou me casar.

Os velhinhos
(José Messias)

Quando a velhice chegar
Eu não sei se terei
Tanto amor pra lhe dar.
Hoje vem amor vem amar
Os meus lábios esperam te querendo beijar
Amanhã estaremos velhinhos
Contaremos baixinho os segredos do amor
Os segredos do amor para os nossos netinhos.

Eu sou fã do monoquini
(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

Vinha caminhando na praia quando escutei
Grande gritaria parei
Nem sei o que pensei
Como todo bom brasileiro
Fui também bancar o olheiro
E o que vi não esqueci
Nem quero recordar
Um brotinho de monoquini
Que antes só usava biquini
Vinha caminhando assanhada
Pra lá e pra cá.
Me aproximei de mansinho pra melhor olhar
Quando de repente o brotinho resolveu nadar
Grande confusão outra vez
Se não sou forte não tinha vez
Nadou, nadou, até que cansou
E foi pro sol secar
Não posso nem contar o que vi
Mas sei que nunca mais esqueci
Broto tem que usar monoquini
Não suporto mais o biquini.

Aquele beijo que te dei
(Edson Ribeiro)

Aquele beijo que te dei
Nunca, nunca mais esquecerei
A noite linda de luar
Lua testemunha tão vulgar
Lembro de você e fico triste
Até me dá vontade de chorar
De lembrar que o amor não mais existe
Não mais existe mas eu sempre hei de te amar.

Brucutu
(D. Frazier - Rossini Pinto)

Olha o Brucutu ...  Brucutu
Nas histórias em quadrinhos
Das revistas, dos jornais
Há um tipo curioso e divertido até demais
O lugar onde ele vive todos sabem que é Mu
quem ainda não ouviu falar de Brucutu
Mora só numa caverna,
Dorme mesmo é no chão
O seu carro é um dinossauro
E veste pele de leão
Anda muito bem armado,
Briga sempre com prazer
Traz consigo um machado
E gosta mesmo é de bater.
Mas no fundo Brucutu é bom
Seu amigo Fuzi é que diz
Deixa Hula até usar batom
Olha o jeito dele andar.
Brucutu um certo dia foi com Hula passear
Foi ao baile que o rei Guz
Todo mês costuma dar
Só porque outro rapaz pra sua noiva olhou
Brucutu ficou zangado e seu nariz ele amassou.

Não quero ver você triste
(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

O que é que você tem?
Conta pra mim
Não quero ver você triste assim
Não fique triste
o mundo é bom
A felicidade até existe
Enxugue a lágrima
Pare de chorar
Você vai ver, tudo vai passar
Você vai sorrir outra vez
Que mal alguém lhe fez? Conta pra mim
Não quero ver você triste assim.
Olha, vamos sair
Pra que saber aonde ir ?
Eu só quero ver você sorrir
Enxugue a lágrima, não chore nunca mais
E olha que céu azul
Azul até demais
Esqueça o mal, pense só no bem
que assim a felicidade um dia vem
Agora uma canção, canta pra mim
Não quero ver você tão triste assim.

A garota do baile
(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

Quem não acreditar
Venha ver a multidão
Que com ela quer dançar
Ela adivinha que eu
Estou sofrendo, também querendo
Com ela dançar.
Fico em pé olhando e esperando
Que ela se afaste da multidão
Para eu me aproximar
Com ela dançar
Do meu carinho, do meu amor
Do meu amor poder falar.
E assim a noite vai passando
Mas sempre encontro a multidão
Que com ela quer dançar
Ela adivinha que eu
Estou sofrendo, também querendo
Com ela dançar.
O baile vai terminar
E a última dança, a última dança
Já vai começar
Ela entende o meu olhar
Dispensou a multidão
E eu pude então, eu pude então
Com ela dançar.

Rosita
(Francisco Lara - Jovenil Santos)

Rosita, Rosita
Onde estás que não vens?
Rosita, Rosita
Só a ti eu quero bem
Eu vivo tão triste
Sozinho e abandonado
Rosita, Rosita
Vem viver ao meu lado.
Rosita, Rosita
Não me deixe indeciso
Nesta hora de angústia
Que mais de ti eu preciso
Rosita, Rosita
Me tire da solidão
Rosita, Rosita
É teu o meu coração
É teu o meu coração.



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