Por incrível que
pareça, inúmeras espécies de plantas ornamentais que são utilizadas
no paisagismo são tóxicas e muita gente não sabe. Entende-se por
plantas tóxicas todas aquelas que, de um modo ou de outro, quando
ingeridas pelo animal ou pelo homem causam danos que refletem na sua
saúde ou vitalidade, cujo uso indevido pode ocasionar degeneração
física ou mental quando utilizadas como remédio por desconhecimento
de sua natureza química.
Cerca de 400 espécies de plantas ornamentais são tóxicas, e para tal
confirmação de suspeita, se um determinado vegetal é nocivo ou se
apresentam substâncias ativas tóxicas, recorre-se a testes
laboratoriais.
O acônito (veneno de lobo) é a mais mortal de todas as plantas que são associadas à
Bruxaria. Também é conhecida como “veneno de lobo”, uma vez que era
usada nas flechas para caçar tais animais na região do Egeu e do
Mediterrâneo. Desnecessário dizer que se trata de uma planta
extremamente venenosa.
Orinalmente, o acônito é do oeste europeu, mas passou a ser
cultivado na Grécia antiga e difundido na Itália. Hoje em dia é uma
erva que pode ser encontrada até mesmo na Inglaterra e País de
Gales.
Em Hong Kong, o acônito é a causa mais comum de intoxicação grave a
partir de ervas.
Segundo o Centro de Toxicologia do Hospital das Clínicas de São
Paulo, o índice de óbitos por intoxicação de plantas é baixo, e
quando acontece, na maioria dos casos, tem como responsáveis
principais a Mamona (Ricinus communis), e a Mandioca-Brava (Manihot
utilissima).
Entre os efeitos do acônito estão profundas alterações nos estados
de consciência, o que o leva a ser uma erva bastante utilizada em
rituais de deslocamento. Possui raízes tuberosas e caule ereto, com
flores azuis na forma de um elmo. O fruto é uma vesícula.
A intoxicação num primeiro momento trás excitação geral, com
parestesia nos lábios, língua e garganta por bloqueio do trigênio.
Depois alterações gastrointestinais: diarréia, vômitos e sialorréia.
Em uma segunda fase se produz hipotermia e paralisia dos músculos
respiratórios e bloqueio dos centros nervosos cardiorrespiratórios,
que pode conduzir a la morte por asfixia em poucas horas. Os
sintomas do envenenamento por sua causa são salivação excessiva,
falta de ar, tremores e aceleração dos batimentos cardíacos. Apenas
dez gramas da raiz constituem uma dose letal para o ser humano.
Na medicina, é uma planta bastante utilizada em remédios
homeopáticos. Indicações: asma, bronquite, congestão pulmonar,
corisa, doença inflamatória, febre com delírios, feridas na pele,
gota, gripe, hipertrofia do coração, laringite aguda, nevralgia
facial, nevralgia lombociática e do trigênio, palpitação nervosa,
pneumonia, reumatismo, tosse espasmódica, úlceras.
O uso interno somente deve ser feito com receita médica, em doses
homeopáticas e com preparações farmacêutica com determinação do
conteúdo de alcalóides. É muito venenosa, não tocá-la quando efetuar
a colheita. Aconselha-se, a utilização dos preparados farmacêuticos.
Jamais usar na gravidez, lactação, em crianças, em combinações com
álcool, sedantes, anti-histamínicos, hipnóticos, antidepressivos,
espasmolíticos, pessoas com constipação, febre alta ou hipertensão.
Apenas 10 gramas de raiz constituem uma dose letal para o ser
humano.
Precauções:
Ensine as crianças a não colocar nenhum tipo de planta na boca; não
coma nem faça chás de plantas desconhecidas;
Tente conhecer todas as plantas da sua casa, seu nome e suas
características.
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