Curiosidade |
A rosa (Rosa sp) é
uma das flores mais populares no mundo, cultivada desde a
Antiguidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5 000
anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Fósseis
dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.
Cientificamente, as rosas pertencem à família Rosaceae e ao gênero
Rosa L., com mais de 100 espécies, e milhares de variedades,
híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos de
acúleos. As folhas são simples, partidas em 5 ou 7 lóbulos de bordos
denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias.
Apresentam originalmente 5 pétalas, muitos estames e um ovário
ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes
comestíveis.
Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade
imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto
floral. As flores, particularmente, sofreram modificações através de
cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que adquirissem
suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e
cores das mais variadas.
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Cultivo |
As rosas são plantas
de cultivo relativamente fácil. Podem embelezar qualquer jardim com
suas magníficas cores e odores, em alguns casos durante longos
períodos se as florações são prolongadas.
Existem diferente grupos com características bem definidas, como o
porte, a época e quantidade de floração, ou o tamanho e forma das
flores. Também serão necessários diferentes tipos de poda segundo se
trate de um tipo ou outro. Quando se elege uma variedade, devemos
levar em conta o uso que pretendemos dar, há que considerar todas
estas peculiaridades para que cresça com êxito.
Contudo, existem algumas normas gerais que são aplicáveis a todos os
tipos: exposição ao sol, em um lugar livre do vento mas com boa
ventilação. Suportam quase qualquer tipo de solo, desde que tenha
uma boa drenagem e que conte com abundante matéria orgânica, como
esterco, húmus, etc.
Sobre o plantio
Cerca de uma semana antes de plantar as mudas, cave bem a terra até
cerca de 40 cm de profundidade. Para cada m2 de canteiro, incorpore
uma mistura de 15 Kg de esterco curtido de gado e 200g de farinha de
ossos.
Existem vários tipos ou variedades de roseiras (silvestres,
híbridas-de-chá, sempre-floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas,
trepadeiras e cercas-vivas) e o espaçamento vai depender da
variedade de rosa que estiver sendo plantada. É possível basear-se
no seguinte:
arbustivas: 1 metro entre as mudas
trepadeiras: de 1 a 2 metros entre as mudas
cercas-vivas: 50 a 80 cm entre as mudas
híbridas-de-chá e sempre-floridas: 50 cm entre as mudas
miniaturas: 20 a 30 cm entre as mudas
rasteiras: 30 cm entre as mudas
Se o plantio for feito com mudas "envasadas" (normalmente vendidas
em vasos ou em sacos plásticos), não há restrição para o plantio:
pode ser feito em qualquer época do ano, mas os especialistas
recomendam evitar os meses mais quentes, sempre que possível. Já
para o plantio com mudas chamadas de "raiz nua", o período mais
indicado vai da segunda metade do outono à primeira metade da
primavera.
Logo após o plantio das mudas e até a primeira florada, regue com
moderação, mas diariamente. Depois disso, recomenda-se regar uma vez
por semana no inverno e duas vezes por semana no verão. Na temporada
de chuvas é possível até suspender as regas. Um lembrete: a terra
deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra.
De preferência, deve-se fazer de 2 a 3 adubações anuais: a primeira
logo após a poda anual (entre julho e agosto); a segunda entre
novembro e dezembro e a terceira entre os meses de janeiro e
fevereiro. A melhor adubação é a orgânica, baseada em esterco
animal, composto orgânico, farinha de ossos e torta de mamona. As
quantidades, para cada metro quadrado de canteiro, são as seguintes:
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Cultivo |
20 litros de esterco curtido ou 2 Kg de composto orgânico
200g de farinha de ossos
100g de torta de mamona
Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpore-a ao solo.
Conselhos sobre a rega de roseiras
1. Evite sempre o encharcamento: Uma roseira encharcada corre um
grande risco. O excesso de água é um grave problema para a maioria
das plantas; as raízes apodrecem e morrem. Este é um erro muito
freqüente dos jardineiros: regar em demasia. Na rega é melhor que
seja curta do que demorada.
2. É aconselhável regar pela manhã ou ao entardecer: Não o faça
durante as horas de maior calor do dia.
3. Não molhe nem flores nem folhas: Posto que favoreceria as
enfermidades por fungos, o maior problema das roseiras.Faça a rega
ao pé da planta, com mangueiras (se plantadas em jardim), regador ou
nebulizador.
As regas devem ser profundas. É melhor do que estar continuamente
regando com pequenas quantidades. Além disso a rega espaçada
favorece que se desenvolvam potentes raízes em profundidade. Isto
sempre é bom, porque a roseira torna-se mais forte e auto-suficiente
no caso de não poder ou não querer regar.
Muita gente rega três vezes por semana no verão, mas eu sou
partidário de regar menos e acostumar a roseira com pouca água.
Sobre a poda
A primeira poda deve ser feita cerca de um ano após o plantio e
repetida todos os anos, entre os meses de julho e agosto. Os dias
frios do inverno são ideais para se fazer a poda das roseiras, tão
importantes para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar
a floração. Entre os meses de julho e agosto, faça a poda das
roseiras sem dificuldades. Veja como:
A maioria das plantas necessita de podas regulares para que seu
crescimento e desenvolvimento ocorram satisfatoriamente mas, sem
dúvida, para as roseiras elas são indispensáveis e devem ser feitas
anualmente. O período propício para se proceder a poda das roseiras
é durante o inverno, entre os meses de julho e agosto. Isto porque,
as roseiras entram numa espécie de sonolência quando a temperatura
cai para próximo de 10 graus C.
Muito se fala, ainda, a respeito da "lua certa" para se fazer as
podas. Não existe nada comprovado a respeito, todavia, não custa
nada ajudar a natureza e podar as roseiras sempre na lua minguante,
considerada a mais adequada.
Podas diferentes para cada tipo
Existem vários tipos de roseiras e, evidentemente, uma poda especial
para cada tipo:
Poda Baixa: Ideal para rosas-rasteiras, híbridas-de-chá ,
sempre-floridas, miniaturas e biscuit. É considerada a poda mais
drástica. Deve ser feita também, de tempos em tempos, nas roseiras
trepadeiras, cercas-vivas e arbustivas, para rejuvenescer as hastes
e favorecer uma floração abundante. Para realizá-la, comece fazendo
uma limpeza, cortando todos os galhos secos, velhos, fracos e mal
formados. A seguir, corte todas as ramas a uma altura de 20 a 25 cm,
tendo como base o ponto de enxerto. Para favorecer a brotação, faça
o corte em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima.
Poda Alta: Recomendada para cercas-vivas e roseiras arbustivas.
Primeiro faça uma limpeza de todos os ramos velhos, fracos e
mal-formados. Depois, tomando como base o ponto de enxerto, faça a
poda na altura de 80 cm a 1 metro. Deixe as hastes mais fortes um
pouco mais longas e procure manter uma altura adequada ao local onde
a roseira está plantada. Este tipo de poda pode ser usado também
para as roseiras trepadeiras e silvestres, só que um pouco mais
suave.
Poda Parcial: Indicada para roseiras silvestres e trepadeiras, que
produzem hastes longas, com 3 a 4 metros de comprimento. Durante o
primeiro ano de crescimento, estas hastes não florescem, sendo o
período ideal para educar seu crescimento. Comece fazendo a limpeza
das hastes secas, velhas e fracas. A seguir, poda-se as outras
hastes, na medida de 1/3 de seu comprimento total. O restante da
haste deve ficar preso ao tutor, em forma de arco, para que todas as
gemas aparentes possam brotar.
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